quinta-feira, 17 de abril de 2008

Será de tempo que precisamos...



Há tanto tempo que te tinha esquecido... ou adormecido os meus sentimentos e, agora tu chegas de novo, sem avisar, sem me bateres à porta... passado tanto tempo...
Chegaste... amaste... e pediste-me tempo para teres a coragem de gritar ao mundo que somos um do outro... não sei se quero dar-te esse tempo... não sei se posso dar-te tempo... não sei se consigo... não sei se tenho tempo de te dar esse tempo...
Dá-me tu tempo...
Dá-me tempo para perceber o que sentimos...
Dá-me tempo para reflectir...

Aconteceu tanta coisa na tua ausência... seguimos caminhos diferentes, reconstruimos as nossas vidas... familia...

Dá-me tempo para gerir as emoções que saltam dentro de mim sem rumo ou direcção...
Dá-me tu tempo... tempo para entender, porquê agora... porque passado tanto tempo... depois de tanta distância, indiferença...
Dá-me tempo para pelo menos tentar perceber como tudo voltou... assim do nada... de repente..
Dá-me tempo para entender como entraste na minha vida... outra vez... assim, sem me perguntares se eu queria...

Queres começar de novo... e eu quero?

Dá-me tempo... eu mudei, tu mudaste, as nossas vidas mudaram...
Dá-me tempo para ter a certeza que quero que voltes a ocupar o teu lugar...

Magoaste-me, desiludiste-me, feriste-me... arrancaste da minha vida uma parte de mim, amargamente... sim, eu sei... sei que já foi à muito tempo, sei que foi imaturidade, egoismo, pressões e ilusões... mas eu segui a minha vida... cresci, amadureci, aprendi, lutei e consegui superar a perda... superei a dor... superei a tua ausência... superei tanta coisa, sozinha. Conquistei tanta coisa, sozinha... agora, meu amor, eu não sei se quero-te de volta na minha vida, nas nossas vidas...

Dá-me tempo...

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