terça-feira, 29 de julho de 2008

Estado Civil = Estatuto Social

Li estas palavras num Blog e não poderia de postar aqui para que lessem pq de facto são umas GRANDES palavras de um GRANDE ser humano!!


"Estado Civil ou Estado da Alma?
Alguém comentava na TV que sabíamos a percentagem de divórcios, mas que nunca se fazia uma “sondagem” sobre os separados “não divorciados” nem das pessoas “juntas e não casadas”…
Pois é…cada vez é mais difícil classificar, segmentar e mesmo definir a relação a dois!
O Estado Civil já não é o que era… Tradicionalmente, a um estado civil até associávamos um estado de espírito; assim,
O Solteiro podia ser ansioso, libertino, alegre, malandro;
Casado seria com certeza feliz, calmo, seguro…
O Viúvo triste, infeliz…
O Divorciado seria solitário, conflituoso, “perigoso”
Lol !!!
Agora mais parece um cocktail de estados civis e de espírito!!!

O “Estado Civil” é um estatuto social e.... um papel que muita gente representa no teatro da vida, como num palco!
Nada é o que parece….nada parece o que é!
Se estivermos bem atentos a pormenores, verificamos que existe um grande número de pessoas, que são actores na vida!
Às vezes parece estou a assistir a um filme ou um reality show, com altos patrocínios dos valores do medo, da tradição, da segurança social e financeira… cheio de efeitos especiais que escondem a má representação dos actores, e no final, verificamos que a realização e a produção é da autoria dos próprios actores com alguns créditos a figurantes geralmente os filhos, os pais ou os irmãos. As audiências? Todos os amigos, os vizinhos, o patrão, os colegas…
Há uns anos, o teatro era quase perfeito e então, sempre que havia uma alteração de estado, ouvia-se muitas vezes expressões como: “Quem diria!”
Hoje já se ouve dizer muitas vezes: “Estava-se mesmo a ver!” ou até “Finalmente”.
Talvez se faça menos teatro no palco, talvez o publico seja mais exigente, talvez haja cada vez menos actores de palco e cada vez mais actores de rua, representando o papel da Vida!
E talvez por isso, existam hoje inúmeros “Estados Civis” para além dos tradicionais: mãe solteira, pai solteiro, companheiro, união de facto, união sem facto…

Quem sou eu para julgar as relações entre as pessoas!
Sei eu não é fácil.
Já fui solteira, namorada, casada, separada, divorciada, e …hoje o meu estado é….de Amor-Perfeito!
Não é um estado civil…mas é um Estado da Alma!
Gostava de deixar um apelo a tantos Amigos, bons e maus actores ou actrizes da vida, que mudem de profissão!
Parem de fazer da Vida um teatro…
Parem de representar...
Parem de viver a mentira, a omissão,
a indiferença, a culpa, a traição…
Respeitem-se, sejam verdadeiros…
Oiçam a vossa Alma,
Vivam no Amor ou na Amizade…
Mas vivam na Verdade!"


De facto, arrepiei-me ao ler estas palavras pq por uns segundos tive a sensação de que, quem escreveu este artigo estava a ler o meu pensamento... sabe o que sinto exactamente, o que penso!!! E fez-me pensar no meu caso...

Há muitas pessoas que se preocupam imenso com o meu estado civil... é mãe solteira? É separada? Divorciada??? Bom.. realmente fui Mãe à 10 anos e nunca casei... isso faz de mim uma Mãe solteira, ok pronto.. Mesmo tendo vivido em união de facto com o pai da criança... continuo a ser mãe solteira! Mas mesmo que nunca tivesse vivido com o pai da minha filha, continuaria a ser mãe solteira.. depois há quem ache que sou separada, pq vivia maritalmente e separei-me... depois ainda há aqueles que pensam que sabem muito da minha vida e, então acham que sou divorciada!! Juro que não consigo entender o que leva certas pessoas, a querem tanto saber qual o meu estado Civil... sim sou Mãe, sim nunca casei, sim vivi em união de facto, sim separei-me e, sim no meu Bilhete de Identidade está: SOLTEIRA! Mãe solteira, separada, solteira, casada, divorciada, viúva, chamem como quiserem... mas eu estou no estado de tranquilidade, amor-perfeito, harmonioso, liberdade... não é um estado civil,tal como escreveram em cima... é um estado de alma e, que me faz muito feliz e realizada.

Ora aqui está um tema que dava muito que falar e debater mas apenas vou resumir muito rapidamente a minha opinião:
Sei que para a nossa sociedade o estado civil é um estatuto Social... ah se sei... sei do que falo, pq já fui bastante pressionada a ter o tal estado civil: CASADA... já estive para casar e admito que o factor: Estatuto Social foi o peso maior. Ah e tal, filha do Presidente, com 30 e tal anos, mãe solteira... só faltava mesmo o marido para ser perfeito! Perfeito?!?!? Não para mim... não sou mulher para ser a mulher de alguém, sou livre e gosto desta sensação.. sou de todo o mundo e não sou de ninguém! Sei que para muitas Mulheres, o facto de terem no seu B.I. CASADA faz delas umas Senhoras... mas serão mesmo elas umas senhoras?!? Sei que para muitas mulheres, o facto de terem no seu B.I. CASADA, apaga ou abafa os seus passados duvidosos, frustrados e tão badalados... pois bem, eu cá acho que não é um estado civil que espelha o caracter de uma MULHER com M mas sim a sua personalidade transparente, forte, digna e determinada. Sinceramente, não é preciso ter um estado civil CASADA para obter um estatuto social digno... e falando de mim mesma... basta ser a mulher que sou, basta ser a Mãe que sou.. para ter uma vida Digna!

Um bem Haja às Mulheres e Mães com M grande.. seja o seu estado civil: solteira,casada, divorciada ou viúva.. áquelas que pura e simplesmente, não usam um estado civil para andarem de cabeça erguida e de salto alto, mas sim que usam simplesmente o seu caracter transparente e despido de falsidades e hipocresias!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Músicas da minha vida...

Para além de todas de Bob Marley, claro...

Damien Rice - "The Blower's Daughter"
http://br.youtube.com/watch?v=8ThuXEDvCZk

Brandi Carlile - "The story"
http://br.youtube.com/watch?v=CQ_3bYXAsmM

Peter Murphy - "A strange Kind of love"
http://br.youtube.com/watch?v=2xoOPF685U4&feature=related

U2 - "One"
http://br.youtube.com/watch?v=JFWPeVfWB9o&feature=related

Bonnie M - "Rivers of Babylon"
http://br.youtube.com/watch?v=HgIlhVbjLI8

Bonney M - "Daddy Cool" - coerografia LINDA hehehehe

http://br.youtube.com/watch?v=YgemkqLRing

ABBA - 1981 One of Us

http://br.youtube.com/watch?v=orO9E7fC0mo&feature=related

ABBA - 1980 The Winner Takes It All

http://br.youtube.com/watch?v=xK3
http://br.youtube.com/watch?v=Y2YOGfBFAbs&feature=related
mVxGfzPY

Aerosmith - "I Don't Wanna Miss a Thing" (grande filme,grande musica, momentos ...)

http://br.youtube.com/watch?v=Vo_0UXRY_rY

Cock Robin - "When Your Heart Is Weak"

http://br.youtube.com/watch?v=T4JVUBXuVRA

Cock Robin - "The Promise You Made"

http://br.youtube.com/watch?v=hCfZbEZWAJA

Culture Club -" Do you really want to hurt me"

http://br.youtube.com/watch?v=y3BYsquVie0

E tantas outras mais que faltam aqui... a música faz parte de mim, AMO a música, faz me vibrar, delirar, sentir, recordar, amar, sorrir, chorar, dançar, sonhar... VIVER!!!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

ARTIGO DE NUNO MARKL P/ OS TRINTÕES/QUARENTÕES

A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer. 'Quem? Perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo?

A própria música: 'Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além...' era para ele como o hino senegalês cantado em mandarim. Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual... E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada. Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos:Ele nunca subiu a uma árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos.Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção. Confesso, senti-me velho... Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft. Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros.Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo 'Moleculum infanticus', que não existiam antigamente. No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de 'terno' nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos.Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração 'rasca'... Nós éramos mais a geração 'à rasca', isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos. Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto. Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta. Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos. Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.

(Nota:...os chocolates não eram gamados no 'Pingo Doce'... Ainda se chamava 'Pão de Açúcar'!!!)

Ahahaha opá este artigo define a nossa Infância na totalidade! Que saudades e que felizes que fomos!!!